Exxon Mobil na Guiana: gigante petroleira desafia tensões com Venezuela
Exxon Mobil segue firme em seus planos na Guiana, apesar da crescente disputa territorial com a Venezuela. A empresa americana, que já produz 645 mil barris de petróleo por dia nas águas guianesas, promete investimentos e desenvolvimento contínuo no país.
Liam Mallon, presidente de upstream da Exxon, garante que a empresa está focada em suas operações dentro da área contratual definida e que o projeto na Guiana tem "muitos anos pela frente". Ele reforça que a companhia está comprometida em "entregar, desenvolver e distribuir os benefícios para a Guiana".
Disputa territorial com a Venezuela:
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reivindica a região de Essequibo, que representa dois terços da Guiana, e alertou a Exxon para não entrar em áreas próximas à fronteira. A disputa, que remonta a mais de 100 anos, se intensificou com a descoberta de petróleo na região.
Guiana confiante na resolução da disputa:
Irfaan Ali, presidente da Guiana, afirma que o país monitora as ameaças da Venezuela com preocupação, mas que os investidores não devem se alarmar. Ele garante que não há dúvidas sobre a localização das fronteiras e que a Guiana está trabalhando com parceiros internacionais para manter a paz na região.
Exxon investe em novos projetos:
A Exxon espera tomar uma decisão final de investimento em seu sexto campo de exploração offshore na Guiana até o final do primeiro trimestre de 2024. A empresa também concluirá um gasoduto que levará gás dos poços offshore para uma nova central elétrica no país no próximo ano.
Benefícios para a Guiana:
O gasoduto reduzirá pela metade os custos de eletricidade para a população guianesa e resultará em emissões significativamente mais baixas. O projeto permitirá que o país "cresça, se expanda e espalhe esses benefícios pela sociedade em geral", segundo Mallon.